https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/issue/feedRevista Intersecções2019-06-14T11:08:50+00:00Contatointerseccoes@anchieta.brOpen Journal Systems<p>Intersecções é uma publicação semestral on-line, aberta a pesquisadores do Brasil e do exterior que estejam interessados em questões relativas aos estudos da linguagem. A revista prioriza artigos que se ocupam em investigar questões relacionadas à língua e suas práticas sociais, ao discurso e aos textos literários, teóricos e críticos, a partir de uma perspectiva predominantemente interdisciplinar.<br>Os pontos de (des)encontros e de intersecções entre campos de pesquisa serão iluminados, problematizados, investigados, sem serem confundidos. Pois em intersecções pode-se escutar também seccionar, cortar, o que logo implica dar relevo à diferença e à delimitação de pontos de heterogeneidade radical.<br>As edições de Intersecções privilegiam trabalhos que contemplam pesquisa original, podendo estes vir em forma de artigo, ensaio, debate, retrospectiva (estado da arte), resenha e tradução. São considerados apenas os textos que não estejam sendo submetidos a outra publicação. As línguas aceitas para publicação são o português, o inglês, o espanhol e o francês.<br>Os trabalhos devem ser apresentados por doutores. Quando o autor for doutorando, mestre ou mestrando, deve haver a coautoria de um doutor. Só se aceita um trabalho por autor.</p>https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1383A CONSTRUÇÃO DA POLÊMICA EM ILUSTRAÇÕES DE CAROL ROSSETTI: ENFOQUE DIALÓGICO 2019-06-14T10:38:49+00:00Kelli da Rosa RIBEIROsecretaria@anchieta.br<p>Este artigo analisa ilustrações da artista Carol Rossetti sob perspectiva dialógica, buscando compreender o funcionamento da linguagem verbo-visual que constrói polêmica em direção aos padrões de beleza feminina. Partimos da seguinte questão norteadora: de que forma padrões de beleza imputados à mulher são polemizados nas ilustrações, considerando vozes sociais em tensão sobre cabelo, forma corporal, moda e saúde? Respaldamos nossa análise na teoria dialógica desenvolvida por M. Bakhtin, focalizando-se conceitos de signo ideológico, vozes e polêmica aberta e velada. Procuramos descortinar, nas análises, a tensão entre vozes de perpetuação e vozes que descentralizam padrões, considerando a importância da temática na contemporaneidade.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1384A ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DOS ARTIGOS DE OPINIÃO PRODUZIDOS NO CONTEXTO DA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCREVENDO O FUTURO2019-06-14T10:40:08+00:00Pérola de Sousa SANTOS/ Bárbara Olímpia Ramos de MELOsecretaria@anchieta.br<p>Neste trabalho, apresentamos os resultados da análise da organização retórica dos artigos de opinião escritos por candidatos finalistas do concurso de textos da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Para subsidiar nossa análise, nos baseamos em Swales (1990, 2004), Biasi-Rodrigues (2009), Sousa (2009) e Oliveira (2004). O corpus do trabalho é constituído por 38 artigos de opinião finalistas do ano de 2016. As análises realizadas revelaram que os artigos de opinião apresentam uma organização retórica relativamente homogênea, indicando a existência de quatro movimentos retóricos e nove passos, os quais sofrem interferências do modelo de construção textual proposto pela Olimpíada.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1385CATEGORIAS GRAMATICAIS EM SALA DE AULA: A FLUTUAÇÃO ADJETIVOADVÉRBIO2019-06-14T10:41:11+00:00Edvaldo Balduino BISPOsecretaria@anchieta.br<p>Focalizo, neste artigo, a fluidez categorial entre adjetivo e advérbio, contemplando a abordagem dessa questão em sala de aula da Educação Básica. Objetivo analisar aspectos envolvidos no processo de categorização gramatical, a exemplo de prototipicidade, gradiência e fluidez, e discutir o tratamento da flutuação adjetivo-advérbio em aulas de Língua Portuguesa. Assumindo a perspectiva da Linguística Funcional Centrada no Uso, mostro como são caracterizados adjetivo e advérbio, que propriedades os aproximam e em que contextos ocorre fluidez entre essas categorias. Analiso dados de língua em uso, os quais são provenientes de fontes variadas, incluindo corpus de fala e escrita (FURTADO DA CUNHA, 1998 e 2011), revistas e sites da internet</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1386CHERCHEZ LA FEMME: (AUTO)BIOGRAFIA E ROMANCE POLICIAL EM MEUS LUGARES ESCUROS, DE JAMES ELLROY 2019-06-14T10:42:35+00:00Valéria da Silva MEDEIROS/Núbia Régia de ALMEIDAsecretaria@anchieta.br<p>Neste artigo, nos deteremos nos aspectos que tornam o romance um tecido fino onde se entrelaçam fios de autobiografia (a vida do autor), biografia (da mãe do autor) e romance policial (a retomada da investigação sobre a morte misteriosa desta), impossibilitando sua classificação em um ou outro gênero. O romance joga a sombra da biografia do autor sobre toda sua obra, demandando uma revisão do que seria o romance policial contemporâneo para além da reelaboração dos elementos da narrativa de enigma do século XIX – o detetive, o narrador e o objeto da investigação.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1387CONTEXTO E REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE SOCIOCOGNITIVA DA FALA DE PESCADORES ARTESANAIS2019-06-14T10:43:48+00:00Verónica del Pilar Proaño de FOX/ Benedito Gomes BEZERRAsecretaria@anchieta.br<p>Neste artigo, analisamos a fala de pescadores artesanais em uma entrevista realizada no Encontro dos Pescadores e Pescadoras do Recife, em 2017, em Recife (PE). O objetivo é evidenciar modelos mentais e representações sociocognitivas dos participantes sobre o que significa ser pescador artesanal urbano na atualidade. O texto falado é transcrito, nos moldes apontados por Marcuschi (2001), e analisado com base em Koch e Elias (2006, 2009), Marcuschi (1995, 1997, 2001) e Van Dijk (2012, 2015, 2016). O resultado demonstra a situação subalterna e contingente dos pescadores recifenses, que enfrentam ameaças ao seu modo de vida e produção pesqueira.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1388COORDENAÇÃO DE ORAÇÕES E VOCÁBULOS NO ENSINO FUNDAMENTAL SOB PERSPECTIVA DO CONTÍNUO ORALIDADE-LETRAMENTO2019-06-14T10:45:41+00:00Angela Marina Bravin DOS SANTOS/ Fernanda Quirino Duran FREIRE / Violeta Virginia RODRIGUESsecretaria@anchieta.br<p>Abordamos o uso e estudo de vocábulos coordenados e de orações coordenadas para discutirmos uma proposta desenvolvida no PROFLETRAS-UFRRJ e aplicada ao nono ano do ensino fundamental, em uma escola de Nova Iguaçu-RJ. Pautamo-nos em um estudo comparativo sobre o mecanismo da coordenação linguística, com base em gramáticas normativas, no texto de Matos (2003) e em Castilho (2010). Trata-se de uma mediação didática baseada na abordagem colaborativa de ensino/aprendizagem (BEHRENS, 2013) associada ao Modelo dos Contínuos de Variação Linguística (BORTONI-RICARDO, 2004,2005), com ênfase no contínuo oralidade/letramento.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1389DICIONÁRIO TOPONOMÁSTICO DE ALAGOAS (DITAL) – MUNICÍPIOS: UMA PROPOSTA LEXICOGRÁFICA 2019-06-14T10:46:56+00:00Pedro Antonio Gomes de MELO/ Manoel Messias Alves da SILVAsecretaria@anchieta.br<p>O acervo toponomástico dos nomes de municípios de Alagoas – nomeações dos espaços habitados urbanos e/ou rurais – são macrotopônimos que veiculam traços de cultura, marcam influências, usos, costumes, atitudes, tradições e falares, constituindo-se em um rico patrimônio imaterial linguístico-cultural. Sob o viés de uma interlocução teórica entre a Toponímia e a Lexicografia na esfera acadêmica, o presente artigo objetiva divulgar a propositura do Dicionário Toponomástico de Alagoas (DITAL) – municípios, que traz como foco as causas motivadoras dos atuais e oficiais macrotopônimos atribuídos aos 102 municípios alagoanos, produto resultante do desdobramento de uma pesquisa doutoral (MELO, 2018), ancorado na importância do registro lexicográfico destes nomes e suas motivações que determinaram e/ou condicionaram as denominações das Unidades Político-Administrativas Municipais Alagoanas como evidências toponomásticas da projeção aproximada dos espaços circundantes.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1390DIMENSÕES ENSINÁVEIS DO GÊNERO DISSERTAÇÃO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DE TEXTOS PRODUZIDOS NO ENEM2019-06-14T10:48:09+00:00Alessandra Gomes VARISCO/ Milena MORETTOsecretaria@anchieta.br<p>Muitos exames para o ensino superior baseiam-se na dissertação escolar. No entanto, como professoras de língua materna, temos notado que muitos estudantes possuem dificuldades em desenvolver esse gênero de texto. Assim, com o intuito de desenvolver um modelo didático desse gênero, este artigo tem por objetivo analisar duas redações nota mil do ENEM com o fim específico de compreender de que forma os estudantes se posicionam e constroem a argumentação no gênero dissertação escolar e identificar as dimensões ensináveis do gênero. Nossas análises apontam que, para o desenvolvimento de uma argumentação consistente, os estudantes necessitam mobilizar diferentes capacidades de linguagem.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1391FREIRAS SILENCIADAS VERSUS “SANTOS” PADRES ABUSADORES, O PODER ESTÁ NA POSIÇÃO: ANÁLISE DISCURSIVA DE UMA REPORTAGEM SOBRE CASOS DE ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA CATÓLICA DA FRANÇA2019-06-14T10:50:15+00:00Dalexon Sérgio da SILVAsecretaria@anchieta.br<p>Este trabalho analisa a reportagem do Fantástico, exibida em 17/02/2019, sobre casos de abusos sexuais contra freiras cometidos por padres na França. À luz da perspectiva teórica e dos procedimentos analíticos da Análise do Discurso de linha francesa (AD), baseado nos estudos de Pêcheux (1969, 1975, 1978, 1999, 2014) na Europa, Orlandi (1987, 2005, 2006, 2007, 2011, 2017) e estudiosos no Brasil, este artigo mobiliza os conceitos de ideologia, memória discursiva, formações imaginárias e discursivas, para analisar a posição-sujeito de padre e freira, observando que o poder está no lugar social que o sujeito ocupa, constituído pela historicidade na exterioridade constitutiva.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1392GABRIELA EM A FORÇA DO QUERER: O MESMO QUE DESLIZA (EM) CENA DA TELENOVELA BRASILEIRA 2019-06-14T10:51:58+00:00Claudemir dos Santos SILVA/ Nadia Pereira da Silva Gonçalves de AZEVEDOsecretaria@anchieta.br<p>Este artigo pretende identificar e analisar a memória discursiva e o interdiscurso na cena em que a personagem Ritinha sobe no telhado, revive/refaz “Gabriela” e dá visibilidade aos movimentos parafrásticos e polissêmicos que se fundam sob essas diferentes conjunturas. Para tal, adotou-se como estudo a novela das nove, “A força do querer” (2017), de Glória Perez, veiculada pela Rede Globo de Televisão e como corpus discursivo foram utilizadas imagens que circulam na mídia digital. A Análise do Discurso de linha francesa (AD), fundada por Michel Pêcheux, será o dispositivo teórico e analítico</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1393LETRAMENTO ACADÊMICO, SEQUÊNCIA DIDÁTICA E ARTIGO CIENTÍFICO: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO SUPERIOR 2019-06-14T10:53:56+00:00Luzia BUENO/ Katia DIOLINA/ Ana Elisa JACOBsecretaria@anchieta.br<p>Este artigo tem como objetivo discutir uma experiência de trabalho de letramento acadêmico no ensino do gênero artigo científico para alunos de Pedagogia em seu primeiro ano de curso. O foco principal é a sequência didática que foi desenvolvida e empregada nesta experiência, contemplando a atividade de pesquisa e a escrita do gênero artigo científico. A discussão está ancorada nos Novos Estudos do Letramento (STREET 1984, 1995, 2012, 2014; KLEIMAN 1995, 2006, 2007) e em sua articulação às questões da engenharia didática, conforme proposta por Bronckart (1999, 2009) e Schneuwly e Dolz (2004), no tocante ao ensino de gêneros textuais. </p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1394LITERATURA ENTRE OS SIGNOS DA PÓS-MODERNIDADE: A ADAPTAÇÃO DE DOIS IRMÃOS, DE MILTON HATOUM, EM QUADRINHOS 2019-06-14T10:55:15+00:00Fabricio de Miranda FERREIRA/ Luís Heleno Montoril Del CASTILOsecretaria@anchieta.br<p>Esta pesquisa partiu do seguinte questionamento: como a literatura é reinterpretada e recriada dentro do processo da adaptação para quadrinhos, no contexto da arte pós-moderna? Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a adaptação do romance Dois Irmãos, de Milton Hatoum, como um produto formal e como um processo de reinterpretação e recriação de uma obra literária no contexto da arte pós-moderna. Para tanto, partiu-se da perspectiva da literatura comparada, pelo fato de ser uma análise crítica interdisciplinar. Por fim, esta pesquisa proporcionou reflexões sobre a adaptação de uma obra literária e seu lugar na problemática da arte contemporânea.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1395MENTIRAS SINCERAS (NÃO) ME INTERESSAM: ESTRATÉGIAS BIOPOLÍTICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO COMBATE ÀS FAKE NEWS 2019-06-14T10:56:32+00:00Francisco Vieira da SILVA/ Joseeldo da SILVA JÚNIORsecretaria@anchieta.br<p>Este artigo intenta analisar o funcionamento de estratégias biopolíticas no combate às fake news, a partir do programa institucional “Saúde sem Fake News” do Ministério da Saúde (MS). O referencial teórico provém das teorizações de Michel Foucault acerca do biopoder e das biopolíticas e as implicações desses conceitos no campo dos estudos discursivos. Metodologicamente falando, este estudo segue um viés descritivo-interpretativo. A análise de quatro notícias falsas, acompanhadas dos respectivos posicionamentos do MS, permitiu-nos constatar que esse órgão confronta tais notícias a partir de uma remissão ao saber médico o qual é inexistente ou deturpado na constituição das fake news.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1396O CONCEITO DE PROPORÇÃO EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS 2019-06-14T10:57:47+00:00Thaís Pedretti Lofeudo Marinho FERNANDES/ Ivo da Costa do ROSÁRIOsecretaria@anchieta.br<p>Esse artigo focaliza a noção de proporção em estudos de cunho tradicional, a exemplo de Bechara (2009), Rocha Lima (2011) e Cunha e Cintra (2008). Partindo dessas visões tradicionais, exibem-se, em seguida, estudos de perspectiva não tradicional, a exemplo de Castilho (2012) e Mateus et alii (2003). Por fim, são analisados casos de usos efetivos da língua, extraídos do Corpus Discurso & Gramática. O objetivo é estabelecer o estatuto semântico da proporção, ainda que em cruzamento com outras semânticas instituídas na língua, como a noção de tempo e a de conformidade.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1397O DIÁRIO DE LEITURAS DOS QUADRINHOS: DO LIVRO DIDÁTICO ÀS PRÁTICAS NO ENSINO MÉDIO 2019-06-14T10:58:55+00:00Renata Ferreira RIOS/ Geam KARLO-GOMESsecretaria@anchieta.br<p>Este texto apresenta resultados iniciais de uma pesquisa-ação realizada com estudantes do Ensino Médio de uma escola pública da cidade de Petrolina-PE acerca da utilização de gêneros multimodais. Objetivamos, aqui, compreender as contribuições da escrita diarista nas leituras dos quadrinhos no contexto escolar. Para isso, analisamos de que forma os quadrinhos têm sido abordados em alguns livros didáticos, e em seguida, propusemos a escrita do diário de leituras dos gêneros tira em quadrinhos e charge. A partir das produções diaristas, concluímos que este dispositivo pode nortear os estudantes na leitura dos quadrinhos, favorecendo a interlocução, autonomia, criatividade e gestão do próprio aprendizado. Além disso, foi possível também agregar inovação ao conceito de metáforas visuais, proposto por Ramos (2009).</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1398O ESTILO NA MATERIALIDADE LINGUÍSTICA DE GÊNEROS DISCURSIVOS: UM ESTUDO DE WEBCARTAS DE CONSELHOS E WEBNOTÍCIAS 2019-06-14T11:00:34+00:00Rodrigo ACOSTA PEREIRA/ Amanda Maria de OLIVEIRAsecretaria@anchieta.br<p>Esta pesquisa baseia-se no Círculo de Bakhtin e na Análise Dialógica de/do/dos Discurso(s). Os dados são formados por 30 textos-enunciados do gênero carta de conselhos e 15 textos-enunciados do gênero notícia. Quanto às cartas, o autor se utiliza de recursos estilísticos que estão a serviço da orientação apreciativa do conselheiro/articulista face aos problemas do reclamante. Nas notícias, a instância autoral emprega recursos linguísticos para a projeção dos valores pretendidos com o intuito de orientar a resposta do leitor frente aos enunciados. Compreendemos, em síntese, que os gêneros em estudo são reacentuados nas revistas online de modo que os interesses editorais sejam ratificados. </p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1399O NEGRO NA HETEROGENEIDADE LINGUÍSTICA DOS MOVIMENTOS CABANOS2019-06-14T11:01:49+00:00Welton Diego Carmim LAVAREDA/ Ivânia dos Santos NEVES secretaria@anchieta.br<p>O presente artigo objetiva analisar como o dispositivo colonial agiu sobre as manifestações linguísticas das populações de origem africana no período da Cabanagem na Província do Grão-Pará, para fortalecer a instauração de um patrimônio linguístico europeu na Amazônia. Assim, a partir de fontes disponíveis no Arquivo Público do Pará e no Foreing Office (Londres), este trabalho também repensa as estratégias de gerenciamento linguístico como um dos fundamentos para se discutirem as tensões discursivas que atravessam os deslocamentos linguísticos na história do português do Brasil.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1400OS VERBOS BOTAR E COLOCAR NO FALAR DE FORTALEZA-CE NA PERSPECTIVA VARIACIONISTA 2019-06-14T11:03:11+00:00Cassio Murilio Alves de LAVOR/ Aluiza Alves de ARAÚJOsecretaria@anchieta.br<p>Usando os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG 1968, LABOV 1972, 1994, 2001), analisamos a variação entre botar e colocar a partir de dados do NORPOFOR (Norma do Português Oral Popular de Fortaleza), para entender quais variáveis atuam, positivamente, na realização da variante botar. Selecionamos 72 informantes, estratificados em sexo, faixa etária e escolaridade e submetemos a amostra ao programa GoldVarb X. Obtivemos 664 (78,5%) ocorrências para os verbos botar e 182 (21,5%) para colocar. As variáveis tópico discursivo, faixa etária, escolaridade e (in) determinação do sujeito, nessa ordem, foram selecionadas como favorecedoras do verbo botar.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1401POR UMA TRANSPARÊNCIA DIALÓGICA QUANTO AO USO DA LINGUAGEM EMPREGADA PARA DESCREVER O PAGAMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS 2019-06-14T11:04:37+00:00Lincon Rodrigues Dias SIMÕES/ Pâmela Freitas Pereira TOASSIsecretaria@anchieta.br<p>Buscou-se investigar se as universidades federais brasileiras têm utilizado um léxico que permita aos cidadãos compreender a que se destinam os pagamentos que realizam. Para tanto, realizou-se uma análise do conteúdo dos textos contidos no campo “Observação” de 188.697 documentos tipo Ordem Bancária, emitidos por estas instituições entre janeiro e julho de 2018, no Sistema Federal de Administração Financeira (SIAFI). Os resultados revelaram um uso massivo de abreviações, o que dificulta a compreensão da finalidade dos pagamentos, compromete a transparência das instituições e a instauração de uma cultura de accountability ou responsabilização dos atos dos gestores públicos.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1402PROBLEMATIZANDO O CONCEITO DE NORMA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2019-06-14T11:05:47+00:00Diogo de Campos ALVES/ Vanessa Regina Duarte XAVIERsecretaria@anchieta.br<p>Esse artigo problematiza conceitos relativos à norma linguística, a partir do Plano Nacional do Livro Didático (2017) e de dois livros didáticos do Ensino fundamental II, analisando o tratamento deles e suas consequências no ensino de língua portuguesa (LP). Julgou-se necessário compreender a origem sócio-histórica das normas existentes na LP, à luz de Mattos e Silva (2004) e Lucchesi (2006, 2012), evidenciando fatores extralinguísticos da normatização e variação da língua. Feito isso, discutiu-se a relação da norma-padrão e o ensino de LP, reforçando a necessidade de um posicionamento crítico quanto ao seu ensino exclusivo (FARACO, 2008).</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1403RASTROS DO TRÁGICO NA POÉTICA DE CASTRO ALVES: UMA PERSPECTIVA DIALÓGICO-HETERODISCURSIVA 2019-06-14T11:07:34+00:00Wilder Kleber Fernandes de SANTANA/ Thiago Zilio PASSERINI/ Pedro Farias FRANCELINOsecretaria@anchieta.br<p>O presente trabalho se propõe a analisar rastros do trágico na poética de Castro Alves, tomando como base duas categorias centrais nos escritos de Bakhtin, em diálogo com Volóchinov e Medviédev: o dialogismo e a heterodiscursividade. Selecionou-se, para análise, o poema castroalviano Prometeu, presente na obra póstuma Os escravos. Identificou-se que o poeta se utiliza do discurso mítico para solidificar seu discurso, assim como o trágico grego como estratégia formal e enunciativa para potencializar a trama socio-histórica de seu poema.</p>Copyright (c) https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaInterseccoes/article/view/1404VARIEDADES LINGUÍSTICAS DO ESPANHOL NA SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: A RELAÇÃO ENTRE IDEOLOGIAS E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS2019-06-14T11:08:50+00:00Júlia Costa MENDES /Gilvan Müller de OLIVEIRA secretaria@anchieta.br<p>Existe, na língua espanhola, uma enorme heterogeneidade em relação às variedades linguísticas que a compõem. Apesar dessa diversidade, entretanto, há traços comuns compartilhados entre elas, os quais possibilitam a comunicação entre todos os povos hispânicos (SILVA; CASTEDO, 2008). Nesse sentido, a escolha da variedade a ser ensinada nas escolas e universidades é estratégica, pois reflete interesses de distintas ordens. Nessa pesquisa, analisamos ideologias linguísticas por parte de discentes do curso de graduação em Espanhol na UFSC, sobre as variedades do espanhol ensinadas nas universidades brasileiras, bem como as políticas linguísticas que possam ter embasado tais opiniões.</p>Copyright (c)