Caracterização anatômica das vértebras cervicais atlas e áxis e sua aplicabilidade na compreensão das instabilidades cervicais

Resumo

Lesões na região de cervical alta estão sendo cada vez mais recorrentes, e devido a suas possíveis complicações é necessário um estudo morfológico mais detalhado sobre as vértebras cervicais atlas (C1) e áxis (C2). Assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar as possíveis alterações do formato anatômico das primeiras vértebras cervicais de esqueletos humanos cadavéricos e correlacionar com fatores intrínsecos como gênero, etnia e idade. Para isto, foram utilizados 30 esqueletos pertencentes ao Laboratório de Anatomia do Centro Universitário Padre Anchieta (UNIANCHIETA). Através de um paquímetro foi avaliada a morfologia, deformidades e medida dos forames vertebral e transversais. Nos resultados macroscópicos, encontraram-se três tipos de alterações como o Ossículo de Bergmann, o Ponticulus Ponticus e o fechamento incompleto dos forames transversos da vértebra C1. No estudo métrico, os menores diâmetros do forame vertebral foram no gênero feminino pardo < 50 anos e os forames transversais no gênero masculino pardos > 50 anos. Desta maneira, conclui-se que as vértebras avaliadas C1 e C2 apresentaram importantes alterações morfológicas que se correlacionaram com as características do esqueleto humano a que pertenciam, sugerindo, assim, que lesões cervicais altas podem estar relacionadas com as características físicas e antropométricas do indivíduo.