GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA COMO FATOR DE RISCO PARA PRÉ-ECLÂMPSIA. REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Resumo
A mortalidade materna decorrente de complicações durante a gestação é um grave problema no Brasil e no mundo. Segundo dados publicados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2018), cerca de 830 mulheres morrem por dia em todo o mundo ao longo da gestação e durante o parto em decorrência de causas evitáveis, como hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia), hemorragias graves (principalmente após o parto), infecções (normalmente depois do parto); complicações no parto e abortos inseguros. A gravidez na adolescência é muito recorrente, porém suas consequências e riscos são pouco estudados. Ela pode gerar desde intercorrências na vida social, econômica, psicológica e, principalmente, pode trazer riscos à saúde da mãe e do bebê. A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença hipertensiva que ocorre geralmente na segunda metade da gravidez e pode ter diversas causas, sendo que a gravidez na adolescência pode estar entre os fatores de risco. Este estudo tem como objetivo identificar se a gravidez na adolescência está entre os principais fatores de risco para desenvolvimento da PE e assim poder fornecer informações quanto aos métodos de prevenção. Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica quantitativa e qualitativa, realizando buscas em bancos de dados indexados por artigos em língua portuguesa. Conclui-se que a gravidez na adolescência é um provável fator de risco para desenvolvimento da PE, porém não se sabe ao certo se o surgimento da patologia está relacionado diretamente à idade materna ou à primiparidade. Diversos outros fatores podem elevar o risco para desenvolvimento da PE; a falta de informações quanto à etiologia completa da doença dificulta o desenvolvimento de métodos eficazes de prevenção. O pré-natal e a identificação precoce dos fatores de risco são importantes para prevenir o agravamento desta patologia e reduzir a mortalidade materna.