Um protocolo de ventilação mecânica neonatal de um hospital público

  • Júlia de Cássia Oliveira Alcântara Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Hospital Universitário de Brasília, Setor de Grandes Áreas Norte 605, Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Palavras-chave: Respiração Artificial, Terapia Intensiva Neonatal, Neonatologia.

Resumo

Com a melhora da assistência neonatal, a sobrevida de recém-nascidos prematuros e/ou com baixo peso tem aumentado. Esses neonatos requerem cuidados intensivos e necessitam, em muitos casos, de suporte ventilatório invasivo. O objetivo deste estudo foi criar, baseado em evidências científicas, um protocolo de Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) neonatal em um hospital público de Brasília. Foi realizada uma revisão nas bases de dados SciELO, BIREME, UpToDate e PubMed, associando os seguintes termos: respiração artificial e terapia intensiva neonatal. Foram selecionados estudos que abordassem sobre VMI em neonatos. Após a leitura dos estudos, foi elaborado um protocolo, explicando os cuidados gerais, os modos e os parâmetros ventilatórios neonatais. No protocolo, foi descrito que o tubo orotraqueal é fixado e deve ser feita uma radiografia para avaliação do seu posicionamento. A secreção necessita ser aspirada para impedir obstrução da via aérea artificial. O recém-nascido é monitorado continuamente pela equipe multidisciplinar. O modo ventilatório define a forma como os ciclos ventilatórios são iniciados, mantidos e finalizados, sendo que deve ser escolhido de forma individualizada, e os parâmetros iniciais da VMI são ajustados conforme as condições clínicas de cada recém-  nascido. À medida que o neonato melhora da insuficiência respiratória, os parâmetros ventilatórios são reduzidos gradualmente, contribuindo para o desmame ventilatório. Concluindo, a ventilação mecânica neonatal requer vigilância e cuidados contínuos, sendo que a equipe multidisciplinar exerce um papel fundamental na assistência ao neonato.

Publicado
2023-01-24
Seção
Artigos