Revista Pesquisa em Psicologia Aplicada

O USO DE BANHEIROS PÚBLICOS PELAS PESSOAS TRANSGÊNERO E OS DESDOBRAMENTOS PARA A SAÚDE

2025-08-24T18:15:50+00:00

Apesar dos avanços garantidos por políticas públicas no Brasil em relação às pessoas transgênero, ainda não há uma lei específica que assegure o direito ao uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero autodeclarada das pessoas transgênero, transexuais e travestis. Partindo desde contexto, esta pesquisa objetivou compreender, a partir de uma revisão bibliográfica problematizadora, quais são os desdobramentos na saúde física e mental das pessoas transgênero, resultantes da sua relação com o uso de banheiros públicos. A pesquisa empregou metodologia qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, com base na “metodologia para revisões de escopo” do Instituto Joanna Briggs. Conforme os resultados, foi possível identificar agravos em saúde física e mental, decorrentes da abertura ou restrição do uso de banheiros públicos por pessoas trans e/ou com variabilidade de gênero. Também foi possível confirmar a hipótese de que o preconceito, a discriminação e a exclusão de pessoas transgênero e/ou com variabilidade de gênero nos banheiros públicos estão na base dos agravos em saúde física e mental, seja pela evitação da circulação de seus corpos nestes espaços e consequente restrição do atendimento de suas necessidades biológicas de excreção, seja pela evitação do consumo de líquidos que proporcionam hidratação ideal para o próprio corpo, seja pelo sofrimento psicossocial resultante dos processos de exclusão.

PERSONAL TRAINER E CONDICIONAMENTO FÍSICO: CATALISADORES PARA O EQUILÍBRIO EMOCIONAL

2025-12-17T17:41:06+00:00

Estudos têm demonstrado que a prática regular de atividades físicas está associada a melhorias significativas na saúde mental. A personalização do treinamento é um dos aspectos mais valorizados nesse contexto, pois leva em consideração as particularidades de cada cliente, como limitações físicas, objetivos pessoais e estado emocional. A presente pesquisa adota um delineamento qualiquantitativo, combinando abordagens qualitativas e quantitativas para explorar e analisar o tema em questão. O uso dessas abordagens visa captar tanto a amplitude quanto a profundidade dos dados, oferecendo uma compreensão mais abrangente do fenômeno estudado. É interessante notar que, apesar de um número expressivo de participantes reconhecerem os benefícios da atividade física para a saúde mental, uma parcela significativa ainda pratica exercícios de forma insuficiente ou irregular.

Variáveis explicativas para estresse e resiliência na formação médica

2025-12-23T18:04:03+00:00

O curso de Medicina é conhecido por apresentar diversos fatores estressores que podem prejudicar a qualidade de vida do estudante, ocasionando sofrimento psíquico e risco para a saúde mental; além de interferir no desempenho acadêmico, gerar dificuldades de relacionamento e até no cuidado de seus pacientes. Este estudo teve como objetivo analisar níveis de estresse e resiliência em estudantes de medicina, buscando relacionar essas condições com outras variáveis durante a formação. A pesquisa incluiu 135 alunos, com idade média de 22,8 anos, sendo 73,1% mulheres e 26,9% homens. Para coletar os dados, foram utilizados questionário sociodemográfico e as escalas de Estresse Percebido (PSS-10) e Resiliência Wagnild e Young. Os resultados revelaram que estudantes com menos de 24 anos apresentaram níveis mais altos de estresse e mais baixos de resiliência quando comparados àqueles com mais de 24 anos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos escores de estresse e resiliência entre estudantes com ou sem bolsa de estudos, embora bolsistas tenham pontuado ligeiramente mais alto no estresse. A pesquisa também mostrou clara associação entre prática de atividade física e níveis de estresse e resiliência. Os dados indicam que a prática regular de exercícios físicos pode ser um fator protetor.

Esquerda ou direita: Relações entre alinhamento político e características de personalidade

2025-12-28T00:46:54+00:00

Durante a Revolução Francesa, os termos “direita” e “esquerda” foram cunhados para explicar o alinhamento político. A fim de mensurar psicometricamente o posicionamento político, foram desenvolvidas algumas escalas. No entanto, não se encontrou um instrumento psicológico validado no Brasil capaz de medir o alinhamento político em todo seu espectro. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa foi preencher esta lacuna, buscando-se estudar a relação entre alinhamento político e aspectos de personalidade. Para isso, foi elaborado um questionário de alinhamento político (QAP), capaz de categorizar os resultados em uma dimensão com os polos “esquerda” e “direita”. Análises psicométricas e estudos de validade com preferência por partidos políticos indicaram adequado funcionamento do questionário. Ademais, o QAP foi correlacionado com diversas escalas de personalidade. Os resultados mostraram que orientação à esquerda tendeu a se associar com empatia, abertura a novas experiências e narcisismo, enquanto orientação à direita tendeu a se associar com experiência de afetos positivos, individualismo e menor neuroticismo. Os níveis de correlação foram leves a moderados, indicando que orientação política é um conceito complexo e determinado por vários fatores.