CONSIDERAÇÕES EM TORNO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO SETOR TÊXTIL EM JUNDIAI ENTRE OS ANOS 40 E 60

  • José Renato Polli
Palavras-chave: trabalho têxtil, expansão e modernização capitalista,, lutas operárias

Resumo

Este artigo constitui-se como uma análise parcial sobre experiências de
trabalho, militância sindical e condições de vida, de trabalhadores têxteis jundiaienses
no contexto dos anos 40 a 60, período em que a política “nacionalista” de expansão e
modernização capitalista no Brasil se construía a partir da perspectiva do discurso da
valorização da indústria nacional, num cenário de extrema fragilidade econômica do
país em relação à dependência externa. O período em questão é visto de uma maneira
aberta, mas recortado em dois momentos específicos que caracterizaram a dinâmica das
experiências de trabalhadores têxteis na cidade. Um vai de 1945 a 1953, marcado por
uma concepção de trabalho e ação sindical moldadas no espírito conciliador e
harmonizador de tensões e conflitos entre empregadores e trabalhadores. Outro vai de
1953 a 1964, caracterizado por uma abertura na militância operária na luta por direitos
sociais, reagindo à concepção anterior, até o rompimento estabelecido pelo golpe de
1964. Neste percurso, indica-se o total esquecimento histórico da experiência social
propriamente dita dos operários e operárias têxteis, tanto pelas organizações sindicais
como pelo empresariado.

Biografia do Autor

José Renato Polli

Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em História Social (PUC-SP) e Doutor em Filosofia da
Educação (FEUSP). Professor de História Econômica Geral no curso de Ciências Econômicas do Centro
Universitário Padre Anchieta.

Seção
ARTIGOS