João do Rio: Tatuagem, Estigma e Sanitarismo na República Velha
Palavras-chave:
João do Rio, Estigma, Sanitarismo
Resumo
O presente trabalho pretende, a partir da produção literária de Paulo Barreto, mais conhecido como João do Rio, sobretudo suas crônicas, identificar a proximidade entre tatuagem e estigma, dentro ainda de uma perspectiva sanitarista e criminológica, especialmente durante a República Velha.
Objetiva-se assim destacar a relevância de Paulo Barreto para a construção de uma narrativa urbana que consegue dar certa visibilidade aos marginalizados da cidade do Rio de Janeiro, durante a primeira década do século XX. Almeja-se, ainda, refletir sobre a repercussão do sanitarismo e das teorias deterministas à luz do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.