EFETIVIDADE DE UM PROTOCOLO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃOINVASIVA EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL GERAL

  • Renata Pletsch-Assunção/

Resumen

A adequada seleção dos pacientes que farão uso da ventilação mecânica nãoinvasiva é primordial para seu sucesso. Na busca de melhores práticas, protocolos assistenciais têm sido implantados para otimizar o cuidado ao paciente. Assim, o objetivo foi avaliaros índices assistenciais em pacientes submetidos a um protocolo assistencial de ventilação mecânica não-invasiva.Estudo de coorte com controles históricos. Os pacientes foram acompanhados a partir do momento em que foi introduzida a ventilação mecânica nãoinvasiva ao seu tratamento. Os pacientes foram divididos em dois grupos, assim intitulados: com protocolo assistencial (grupo 1) e sem protocolo assistencial (grupo 2). Foram coletados diariamente de ambos os grupos as características da ventilação, dados de prontuário médico e variáveis cardiorrespiratórias. Foram incluídos 93 pacientes no grupo com protocolo assistencial e 48 pacientes no grupo sem protocolo assistencial. Entre as doenças mais prevalentes no grupo com protocolo assistencial, foram observadas: doença pulmonar obstrutiva crônica, edema agudo de pulmão cardiogênico e desmame difícil de ventilação mecânica invasiva; no grupo sem protocolo assistencial, as doenças mais prevalentes foram: doença pulmonar obstrutiva crônica e pneumonia. O tempo mediano de internação na unidade de terapia intensiva foi de nove dias (grupo 1) versus 13,5 dias (grupo 2), o tempo mediano de ventilação mecânica não-invasiva foi de 2 versus 3,5 dias e a taxa de mortalidade observada foi de 17,2% versus 56,3%. Os resultados sugerem que o uso de um protocolo assistencial pode diminuir o tempo de internação, a necessidade de intubação e a mortalidade. Portanto, o uso de ventilação mecânica não-invasiva em pacientes bem selecionados parece ser uma estratégia útil e segura.

Biografía del autor/a

Renata Pletsch-Assunção/

Vinicius Barroso Hirota/Marcelo Rodrigues da Cunha/Sílvia Regina Rios Vieira

Sección
Artigos