Avaliação da Posição Prona Precoce em Pacientes Hipoxêmicos com Covid-19

  • Cristiane Cruz Fisioterapeuta do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiaí, SP, Brasil
  • Daniel Gimenezes da Rocha Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiai, SP
  • Maite Bordera Margalef Fisioterapeuta do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiaí, SP, Brasil
  • Monique Olivia Burch Fisioterapeuta do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiaí, SP, Brasil
  • Regiane Donizeti Sperandio Fisioterapeuta do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiaí, SP, Brasil

Resumen

O quadro de insuficiência respiratória aguda hipoxêmica causada pela Covid 19 ainda é um desafio na prática clínica. A gravidade dos pacientes e a escassez de recursos, o uso de estratégias que possam reverter a hipoxemia, com baixo custo, facilidade de aplicação e principalmente com segurança em sua execução são de fundamental importância para o enfrentamento dessa doença. O uso da posição prona em casos de hipoxemia grave refratária a outras terapias, em pacientes com síndrome respiratória aguda, está bem consolidado na literatura. No entanto ainda há pouco material disponível sobre o uso da posição prona em indivíduos conscientes, que possam adotá-la espontaneamente. Objetivo: Avaliar e descrever o uso da posição prona em pacientes hipoxêmicos, com Covid 19, conscientes, em ventilação espontânea e não intubados, internados nas unidades de isolamento. Métodos: Trata-se de estudo de caráter analítico experimental longitudinal coorte prospectivo, realizado mediante a análise de 100 pacientes com Covid-19, hipoxêmicos, submetidos à posição prona. Resultados: Foi observado que 57% dos pacientes que permaneceram em posição prona por um período > 4,86 horas não evoluíram para IOT, já 43% dos pacientes pronados por <3,1 horas necessitaram de VMI. Desses em VMI, 8,3% obtiveram alta hospitalar e 91,7% evoluíram a óbito. O tempo médio em posição prona para alta hospitalar foi de 4,67 horas e a diferença de saturação periférica de oxigênio entre pré e pós prona foi de 5%. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a posição prona reduziu o índice de IOT, reduziu a taxa de mortalidade e aumentou a taxa de alta hospitalar. Contudo é necessário mais estudo para verificar outros possíveis benefícios da adoção do posicionamento estudado.

Biografía del autor/a

Daniel Gimenezes da Rocha, Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiai, SP

Supervisor do Setor de Fisioterapia do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiai, SP; Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil, Mestrando em Ciências da Saúde e membro do grupo de pesquisa de Vias Áreas em Humanos (EVAH); Docente do Centro Universitário Padre Anchieta – Jundiaí- SP

Publicado
2023-05-15
Sección
Artigos