RESÍDUOS DE PRAGUICIDAS EM ALIMENTOS
Resumen
O uso de praguicidas na agricultura e a consequente contaminação dos alimentos têm sido
alvos de constante preocupação no âmbito da saúde pública. No entanto, este uso constitui-se
ainda, como a principal estratégia para o combate e prevenção de pragas agrícolas,
objetivando o aumento de produtividade ou diminuição de prejuízos. Em 2007, foi divulgado
pela ANVISA, por meio do Programa de Análise de Resíduos de Praguicidas em Alimentos –
PARA, que 10% dos resultados insatisfatórios era devido ao uso abusivo de praguicidas, com
destaque para as culturas de alface, morango e tomate, que apresentaram índices percentuais
de amostras com resíduos acima do Limite Máximo Permitido (LMR), de 40,0, 43,6 e 44,7%,
respectivamente. Dados publicados pelo PARA (junho/2010), mostraram que 2,8% do total de
produtos avaliados (3.130 amostras), continham LMR acima do permitido e 23,8% deste total,
a presença de produtos Não Autorizados (NA). Nesta pesquisa, os casos mais problemáticos
foram os do pimentão (80%), uva (56,4%), pepino (54,8%) e morango (50,8%). Já a cultura
que apresentou melhor resultado foi a de batata, com irregularidades em apenas 1,2% das
amostras analisadas. Portanto, este quadro sugere necessidade de melhor implementação das
políticas de vigilância do uso destes praguicidas e das Boas Práticas Agrícolas (BPAs) que,
certamente, não estão sendo adequadamente aplicadas, assim como, a necessidade da melhor
orientação da população sobre a necessidade de escolha de produtos que garantam menores
riscos de contaminação.