ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR E OBESIDADE INFANTIL
Resumo
A obesidade se tornou um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil, está relacionada com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e a baixa prática de atividade física. A patologia associa-se diretamente com inúmeras comorbidades, principalmente com as doenças cardiovasculares. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a relação entre a introdução da alimentação complementar e a obesidade infantil. Foi realizada uma revisão bibliográfica segundo as bases eletrônicas de dados: SciELO, Pubmed e Google Acadêmico. Na fase inicial da vida, as influências do ambiente intrauterino geram consequências consideráveis, atuando no processo de crescimento e na programação metabólica do desenvolvimento do organismo humano. O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade e após esse período ser complementado com alimentos in natura e minimamente processados. Além dos inúmeros benefícios do aleitamento para a mãe e para o bebê, o leite materno apresenta fator de proteção contra sobrepeso e obesidade em crianças, devido a compostos bioativos. Atualmente, é frequente a introdução de alimentos antes dos seis meses, fato que acarreta complicações para a vida do lactente, pois o mesmo não apresenta uma fisiologia adequada para receber outros tipos de alimentação, assim como o oferecimento de industrializados antes do primeiro ano de vida, mesmo estando claro na literatura que a introdução de ultraprocessados está associada a obesidade e outras doenças crônicas. É necessário implementar programas de Saúde Pública efetivos que promovam práticas alimentares adequadas para a introdução da alimentação complementar e manutenção do aleitamento materno, a fim de reduzir o desenvolvimento da obesidade infantil e doenças crônicas, e, como consequência, melhorar a qualidade de vida.