A síntese de hemoglobina fetal via CRISPR-Cas9 para o tratamento da anemia falciforme

  • Gabriela Pereira dos Santos Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil.
  • Regiane Priscila Ratti Sartori Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil.
  • Andrea Varsone Carreri Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil.
  • Vanessa Zanoni Carvalhaes Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil.
  • Amilton Iatecola Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil.
  • Marcelo Rodrigues da Cunha Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil. / Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí, Brasil.
  • Yggor Biloria e Silva Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí, Brasil.
  • Vinicius de Barros Hirota Universidade Guarulhos (UNG), São Paulo, Brasil; Centro Paula Souza – Etec de Esportes.
  • Carolina Chen Pauris Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí, Brasil.
  • Victor Augusto Ramos Fernandes Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, Brasil. / Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí, Brasil.
Palavras-chave: Anemia falciforme, Doença falciforme, CRISPR/Cas9, Hemoglobina fetal, γ-globina

Resumo

A anemia falciforme (AF) é uma doença causada por uma mutação que leva à falcização dos eritrócitos, resultando em sintomas graves, como crises vaso-oclusivas. Considerando que os tratamentos disponíveis são limitados e de difícil acesso, é essencial o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para a AF. A severidade da AF pode ser diminuída pelo aumento dos níveis de hemoglobina fetal (HbF), e CRISPR/Cas9. Ela é uma ferramenta de edição genética que possibilita a expressão da HbF, ao desencadear mecanismos de reparos do DNA. O objetivo da presente revisão é avaliar o uso de CRISPR/Cas9 na síntese de HbF para o tratamento da AF. Os estudos desta revisão consistem em ensaios clínicos identificados pela busca dos descritores em inglês ou português nas bases de dados Publisher MedLine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram selecionados nove estudos que realizaram a edição de genes regulatórios da HbF, sendo três deles caracterizados pela edição da região promotora dos genes HBG1 e HBG2. Outros dois tiveram como alvo o gene BCL11A, enquanto um estudo editou o gene da β-globina. Além disso, outros trabalhos editaram os genes NFIA, NFIX,
HRI, LRF e RBM12. As intervenções nos genes-alvo utilizando CRISPR/Cas9 desencadearam a síntese terapêutica da HbF, inibindo a fisiopatologia e consequentemente os sintomas clínicos da doença. Embora sejam promissoras, as estratégias desenvolvidas também precisam ser acessíveis para que sejam implementadas em regiões incidentes da AF. Portanto, o desenvolvimento de novos estudos clínicos, principalmente em humanos, pode fornecer dados científicos relevantes para o aprimoramento dessas intervenções terapêuticas.  

Publicado
2024-06-18
Seção
Artigos