CRÍTICA A ABORDAGEM FUNCIONALISTA NA ANÁLISE ORGANIZACIONAL
Resumo
Ao se analisar o campo dos estudos organizacionais, percebe-se que apesar da tradição delineada pela psicologia organizacional, o debate acerca dos fenômenos organizacionais mantem-se centrado nas filosofias científicas comprometidas com os ideais objetivistas. Considerando esta hegemonia nas análises organizacionais (e a importância de redirecionar o olhar sobre as mesmas) este estudo de cunho bibliográfico visa explorar o escopo analítico dos paradigmas sociológicos de Burrell; Morgan (1979) apresentando as filosofias que os delineiam. Complementarmente, buscou-se tecer uma crítica à ortodoxia objetivista contextualizando as bases nas quais repousam as análises dominantes no campo dos estudos organizacionais, explicitando a parcialidade das mesmas e a forma como o desconhecimento da diversidade paradigmática tem limitado o desenvolvimento dos estudos organizacionais em seus mais agudos termos. Os resultados destacam a necessidade de adoção de metodologias ideográficas de pesquisa, considerando que só seja possível compreender o mundo social enfatizando também as abordagens subjetivas que marcam a realidade organizacional.