O 8: INSANA CULPA
Resumo
Eram quase seis horas da tarde. Ela sentou-se no parapeito da janela para olhar o céu,
o sol estava baixo, tão próximo que quase podia tocá-lo. Sentia o cheiro das folhas amarelas,
perdida em pensamentos sobre o que faria mais tarde, olhou para baixo e viu alguns meninos
que brincavam na pracinha em frente. “Como é bom não saber o que se sente e poder sorrir
sem culpa”, pensou ela, enquanto ouvia os ecos dos risos que subiam ao seu encontro e
misturavam-se com os ecos de seus soturnos pensamentos. Havia alguns dias que sua decisão
estava tomada, mas adiar parecia uma boa escolha, já que nunca se sabe o que está por vir.
Dar tempo para o destino agir, parecia o mais sensato até o momento.