ONDE OS CAMINHOS SE BIFURCAM NA PRODUÇÃO DA COGNIÇÃO DOS PRIMATAS HUMANOS E NÃO HUMANOS?

  • Catarina Malcher Teixeira/ Solange Cordeiro
Palavras-chave: cognição humana, intencionalidade, primatas humanos, não-humanos

Resumo

Em geral a linguagem tem sido apontada como o elemento distintivo dos primatas
humanos dentre os primatas em geral. No livro Origens culturais da aquisição do
conhecimento humano, Tomasello (2003), contudo, identifica, como responsável por esta
distinção, um tipo de cognição singular dos humanos que surge muito antes da linguagem.
Aponta, também, esta habilidade cognitiva como o elemento que permitiu a ocorrência de um
processo evolutivo complexo (a cultura humana) em um tempo evolutivo (do ponto de vista
da variação genética e seleção natural) extremamente curto, aproximadamente duzentos mil
anos. Sua tese consiste na defesa de que a cognição humana somente apareceu em função da
capacidade de cada organismo aprender com o outro tudo o que foi produzido
cumulativamente ao longo da história humana, aptidão essa tornada possível por um fator que
ele identificou como a capacidade de cada organismo compreender os coespecíficos como
seres iguais a ele, com vidas mentais e intencionais iguais às dele. O objetivo deste texto é
apresentar as ideias de Tomasello (2003) sobre qual elemento permitiu a diferenciação entre
os primatas humanos e não humanos.

Biografia do Autor

Catarina Malcher Teixeira/ Solange Cordeiro

Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Docente da Universidade Federal do Maranhão, discente do
Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de São Carlos.

Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Docente da Universidade Federal do Pará, Bolsista Pródoutoral da CAPES.

Seção
Artigos