PERÍFRASES COM GERÚNDIO E COM INFINITIVO PREPOSICIONADO: REVISITANDO UM DOS ASPECTOS DA HIPÓTESE CONSERVADORA DA FORMAÇÃO DO PB

  • Lelia Alves de Oliveira
Palavras-chave: Hipótese conservadora, Perífrase com gerúndio, Perífrase com infinitivo preposicionado, Português Brasileiro, Português Europeu

Resumo

Este trabalho objetivou investigar o uso de perífrases verbais com gerúndio e com infinitivo
preposicionado em textos autênticos, não literários, produzidos entre os séculos XVI e XX em
Portugal, e entre os séculos XVIII e XX no Brasil. Observou-se sua ocorrência e frequência,
de maneira a reunir dados que possibilitassem argumentar a favor ou contra o que defende a
hipótese conservadora, ao afirmar que o uso da perífrase com gerúndio é uma herança do
Português Arcaico que perdura no Português Brasileiro. Pretendeu-se, ainda, observar as
transformações ocorridas no Português Europeu (PE) e no Português Brasileiro (PB),
principalmente em relação a aspectos inovadores da variedade brasileira, considerando sua
evolução. Como referencial teórico, foram revisitados os postulados de alguns defensores da
hipótese conservadora, como Serafim da Silva Neto, Celso Cunha e Volker Noll. A análise
das ocorrências encontradas indicou que já se fazia uso da perífrase com gerúndio no século
XVI, e que tal uso veio a ser substituído em PE, séculos mais tarde, pela perífrase com
infinitivo preposicionado, enquanto em PB seu uso se manteve, confirmando um dos
pressupostos da hipótese conservadora.

Biografia do Autor

Lelia Alves de Oliveira

Graduada em Letras pelo Centro Universitário Padre Anchieta. Contato: lelia.oliveira.jnd@gmail.com.

Seção
Artigos