Abordagem analítica sobre a crítica do método empírico para produção de conhecimento em Descartes, Hume, Husserl e Popper, assim como da construção de teorias sociológicas em Schutz, Berger e Luckman

  • Pietro Nardella Dellova
Palavras-chave: método empírico de conhecimento, Descartes, construção de teorias sociológicas, Schutz, Berger e Luckman, Hume, Husserl e Popper

Resumo

Na primeira parte deste texto, analisamos Descartes, que é considerado o pai da moderna filosofia e, também, em certa medida, o fundador do idealismo moderno, que pretendeu demonstrar a existência de Deus e da separação entre alma e corpo. Descartes é cristão, de modo indubitável e, por isso mesmo, raciocina a partir dos textos cristãos e da teologia cristã. Seu processo é o de submeter tudo à dúvida como princípio geral. Hume, por sua vez, começa por diferenciar os dois tipos de abordagens, da filosofia moral ou ciência da natureza humana, considerando que cada uma delas pode não apenas interessar como contribuir para o desenvolvimento humano.
Husserl vale-se da fenomenologia como método de investigação descritivo. Popper, por outro lado, considera que as hipóteses ou sistemas de teorias das chamadas ciências empíricas, especialmente, seus procedimentos, devam submeter-se à análise lógica da investigação científica ou à análise lógica do conhecimento. Na segunda parte, verificamos que Schutz considera que para interpretar e explicar a ação e o pensamento humanos é preciso começar em um ponto que antecede o
científico, a realidade cotidiana. É nesta região cotidiana em que pode haver compreensão, pois nela há uma participação efetiva do homem. A compreensão entre pessoas, com todos os percalços, desafios, conquistas, ocorre exatamente neste âmbito, o da realidade cotidiana. Ali o homem atua, comunica-se. Uma pessoa normal, atenta, vive e atua. Berger e Luckman, por sua vez, propõem desvelar os fundamentos do conhecimento na vida cotidiana. Não a partir dos intelectuais, mas dos agentes “cotidianos” em suas vidas igualmente cotidianas e ordinariamente comuns.

Biografia do Autor

Pietro Nardella Dellova

é Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense, UFF; é Doutor em Ciência da Religião pela PUC/SP; é Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo, USP; é Mestre em Ciência da Religião pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião da PUC/SP; é Pós-graduado em Direito Civil e Processo Civil pela Faculdade de Direito de SBC; é Pós-graduado em Literatura pela Faculdade de Letras da UniMarco; é Formado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Universidade Franciscana, e é Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito SBC. É membro efetivo
da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP – São Paulo; Membro da Comissão de Notáveis da OAB/BC, Balneário de Camboriú, Santa Catarina; Membro da “Accademia Napoletana per la Cultura di Napoli”, Nápoles, Itália; Associado ao Grupo Martin Buber, de Roma, para o Diálogo entre Israelenses e Palestinos; Associado à Resistência Democrática Judaica (grupo judaico para defesa da Democracia).

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Artigos