Fluxo dos refugiados:
do pragmatismo da mídia de massa ao afeto do documentário
Resumen
O artigo tem por intuito ressaltar a importância das representações oriundas de narrativas complexas como forma a suscitar compreensões afetuosas dos dramas sociais, destacando os fluxos migratórios ocorridos na última década, considerados pela ONU o maior deslocamento humanitário desde a II Guerra Mundial, com milhões de pessoas forçadas a abandonar suas casas devido a conflitos armados, violência e violação dos direitos humanos. Embasado em autores como Cremilda Medina, Edgard Morin, Gilles Lipovetsky, Luiz Gonzaga Motta, e Zigmunt Bauman, tecem-se ponderações quanto aos impactos de imagem gerados pela mídia de massa em comparação com as representações oriundas, sobretudo, no universo artístico. Em especial, por meio das análises do filme Fogo no Mar, de 2016, (direção de Gianfranco Rosi, documentário, 114 min. Título original: Fuocoammare), vencedor do Festival de Berlim do mesmo ano.