EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:
Modalidade ou metodologia?
Resumen
A nomenclatura EaD tem trazido consigo – em principal após advento da Covid-19 – discussões sócio-filosóficas que questionam sua valia, eficiência e intencionalidade. O propósito deste relato de experiência, portanto, é discutir as verbalizações de alunos da modalidade EaD frente às atividades sugeridas em disciplina obrigatória a todos os ingressantes de uma universidade privada, no interior de São Paulo. Concomitantemente a isso, descreveu-se como a universidade se organizou – frente a uma espécie de “Youtubetização” das interações dos discentes – na tentativa de incitar participações que se aprofundassem em análise, leitura crítica e pensamento acadêmico-científico. Tomou-se como escopo de análise do trabalho o material didático produzido para a disciplina “Aprendizagem na Educação Superior”, a qual envolveu um professor regente, um tutor e 968 alunos matriculados em fevereiro de 2023. Três questões essenciais foram identificadas: a necessidade da ensinagem de autorregulação aos discentes ingressantes na modalidade EaD; a nulidade de fronteiras entre as esferas acadêmicas e midiáticas por parte do alunado; a relevância de um olhar atento e de uma escuta ativa da universidade sobre as demandas desse “novo estudante” e dessa “nova educação”.